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02/03/2016Metalúrgicos seguem sem proposta patronal
Os metalúrgicos entram em março cobrando e aguardando proposta patronal. “Alegando a crise, os patrões estão travando e dificultando as negociações”, critica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Criciúma e Região (Sinmetal), Francisco Pedro dos Santos. Em Caravaggio, a direção dos dois Sindicatos se reuniram dia 01 de março, última terça-feira, mas não saiu a acordo. Os empresários ofereceram somente 5% de aumento geral, ou seja, metade da inflação estimada em 11,28%. “Rejeitamos ainda na mesa e não iremos fechar nada com no mínimo o INPC do período”, destacou Chico. Uma nova rodada de negociação acontece na sexta-feira dia 04 de março.
Criciúma – Os patrões também não sinalizaram nenhum percentual, não querem negociar. “Explicam que estão com pouco serviço e, desta forma não chamam o Sindicato para sentar. Estamos cobrando”, afirma Chico. Assim como os metalúrgicos, outros trabalhadores na Região e país estão com as negociações coletivas emperradas neste começo de ano. Um exemplo são os ceramistas aguardando melhoria na proposta oferecida de 5%. “A negociação do piso estadual, geralmente fechado em março, está parado também. Penso que temos que ter paciência e ponderação para podermos garantir boas conquistas”, avalia o presidente.
LUTAS - Os trabalhadores pedem 11,28% de reposição da inflação (01 de janeiro a 31 de dezembro de 2015) e 6% de ganho real. Em 2015 a negociação Sindimetal Criciúma, Braço do Norte e Reparação de Veículos garantiram reajuste de 7.5% geral. O atual piso dos metalúrgicos da Região de Criciúma é de R$1.210,35; em Braço do Norte é de R$ 1.042,00, Reparação de Veículos R$ 1.161,60R$ e em Caravaggio o piso é de R$ 1.168,51. São mais de oito mil metalúrgicos distribuídos principalmente nas cidades de Criciúma, Caravaggio, Içara Sangão, Forquilhinha, Morro da Fumaça, Urussanga, Braço do Norte e Orleans.