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28/10/2019Sindicato denuncia sumiço de máquinas em Forquilhinha
Máquinas e aparelhos eletrônicos desapareceram da sede da Metalúrgica Santa Libera, na quinta-feira da semana passada. A empresa está inativa devido a dificuldades financeiras há seis meses e tem funcionários com pedidos de rescisão protocolados pela justiça e outros ainda em a ver.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Criciúma e Região, as máquinas poderiam ser penhoradas para quitar as dívidas com os trabalhadores. A versão do proprietário da empresa é de que alguém invadiu a sede da empresa e roubou os objetos, o que causou estranheza ao presidente do sindicato, Francisco Pedro dos Santos.
“Solicitamos ao proprietário para sentar conosco e buscar uma saída para o pagamento da rescisão, mas isso não acontece. No pedido de recuperação da Milano, nós tínhamos a penhora das máquinas. Na Santa Libera, a gente tá aguardando que a justiça libere um perito para a gente penhorar esses bens. Agora a gente já viu que estão levando as máquinas. Segundo ele roubaram, mas a gente não sabe ao certo”, falou o presidente do sindicato.
As máquinas foram furtadas na quinta-feira, quando, segundo a versão passada pelo sindicato, a empresa falou aos funcionários que o guarda responsável pela vigia da sede, na cidade de Forquilhinha, não apareceu no local. O proprietário da empresa afirma que fez o Boletim de Ocorrência pelo site da Polícia Civil. De acordo com o Sindicato, o B.O não foi mostrado aos funcionários.
Há câmeras na sede da metalúrgica, mas as imagens também não foram repassadas aos funcionários. “Existe câmera e elas teriam que estar ligadas, pedi o acesso ao funcionário responsável e nos enrolaram. Falaram que as câmeras estavam desligadas. Cada um fala uma coisa”, afirma Francisco.
Dentre os objetos roubados, além de duas impressoras, uma televisão e cinco máquinas de solda, estava uma empilhadeira. “Pra tirar isso, eles devem saber operar a máquina, como que vai tirar uma empilhadeira e ninguém vai ver ver? O dono diz que foi à delegacia e fez um B.O, eu pedi esse B.O pra ele e nada. Estamos aguardando para ver o que fazer”, apontou o presidente do Sindicato, que avaliou os objetos roubados no valor de R$ 60 mil.
O Sindicato dos Metalúrgicos esteve na sede da empresa nesta segunda-feira, junto com os funcionários que aguardam o dinheiro da rescisão. Foi determinado que um vigia próprio fará a segurança do local. “Vamos ter que armar para colocar alguém de guarda para não limpar a empresa”, falou Francisco.
O sócio-adminsitrador da empresa, Jader Westrup, foi procurado pela reportagem e afirmou que foi registrado o Boletim de Ocorrência e aguarda o desfecho do caso pela investigação da Polícia Civil.
Texto - Portal 4 Oito